domingo, 9 de outubro de 2016

Patogenia ou Patogênese

Patogenia ou patogênese: Compreende a ação do parasito no hospedeiro, que vai resultar na patologia, causando sinais e sintomas.

É o mecanismo com que um agente infeccioso provoca lesões no hospedeiro.
Ex: S. mansoni, provoca lesões no organismo através de ovos, formando granulomas.




Patogenia Espoliativa

Quando o parasito retira nutrientes da dieta do hospedeiro, causando desnutrição.




Patogenia Destrutiva

Quando os parasitos arrancam ou perfuram o local. Ocorre inflamação.
Ex: Ancilostomídeo.




Patogenia Tóxica

O parasito libera toxina para se defender do sistema imune do hospedeiro. Pode causar irritação, causando tosse.
Algumas espécies possuem enzimas ou metabólitos que podem lesar o hospedeiro.
Ex: As reações alérgicas provocadas pelos metabólitos do A. lumbricoides.




Patogenia Hematófaga

Parasitos que se alimentam de sangue.




Patogenia Obstrutiva

Quando o parasito rompe o local onde habita. Consequentemente o paciente morre.




Patogenia Mecânica


Quando o parasito bloqueia a absorção de nutrientes.
Algumas espécies podem impedir o fluxo de alimentos, bile ou absorção alimentar.
Ex: O enovelamento do A. lumbricoides dentro de uma alça intestinal, obstruindo-a; a G. lamblia "atapeando" o duodeno.

Patogenia x Patologia

Patogenia é a causa

Patologia é a consequência, são os resultados.

Regra de Nomenclatura Zoológica e dos Parasitoses

Regra de Nomenclatura

Nome do parasito


  • Escrito em latim
  • Inicial em maiúscula
  • Se for manuscrito deve ser grifado
  • Se for digitado deve colocar em itálico ou grifar (nunca os dois juntos)
  • Sem acentos ortográficos (não se deve colocar acentos em palavras escritas em latim)




OSE = DOENÇA

Parasitose - Doença causada por parasitas



Regra básica

OSE - ÍASE - ASE

Acrescentar o sufixo no gênero do parasito.
Ex: Giardia lamblia - Giardíase, giardose, giardase.


Parasitologia - Ascaris lumbricoides

Ascaris lumbricoides (lombriga)




Família: Ascarididae
Subfamília: Ascaridinae

Causam a doença: Ascaridíase, ascaridose ou ascariose

A fêmea é sempre maior 30 a 40 cm. 
Os machos apresentam 20 a 30 cm. 
Na parte posterior, a fêmea tem uma cauda reta, o macho tem uma curvatura.

Apresentam boca com porção anterior com 3 lábios.


O único hospedeiro da Ascaris lumbricoides é o homem.
É um parasito de ciclo monoxênico.

Habita o intestino delgado - jejuno e íleo.
Presos à mucosa com o auxílio dos lábios, ou migram pela luz intestinal.

Se adquire esse parasito, através da água e alimentos contaminados com ovos na forma infectante (larva na fase L3).


Resumo do ciclo biológico da Ascaris lumbricoides

Após ser ingerido, o parasito vai ao estômago, depois vai ao intestino delgado, a larva eclode, migra pela corrente sanguínea, vai para o fígado, vai para o coração, depois para o pulmão, vai para os brônquios, entra na traquéia, depois para a laringe, então a larva será engolida, passa novamente pelo estômago, chega ao intestino delgado, se desenvolve e ficam lá por muito tempo, acasalando e liberando ovos, sendo liberadas nas fezes.

O ovo contém a larva L3, (L3 é a forma infectante).


Patogenia:
  • Lesões hepáticas e pulmonares.
  • No fígado causam focos hemorrágicos e necrose.
  • Nos pulmões causam quadro pneumônico, com febre, tosse, dispnéia e eosinofilia.
  • Tosse - Catarro pode ser sanguinolentos e conter larvas.
  • Subnutrição, depauperamento físico e mental.
  • Edemas, urticárias, convulsões epiletiformes.
  • Obstrução intestinal, pelo enovelamento - crianças mais propensas.



Ciclo biológico de forma mais detalhada

Se ingerido o ovo, contendo a larva L3, ele passa pelo estômago, chega no intestino, no intestino eclode uma larva L3, perfura a parede do intestino, cai na corrente sanguínea, migra para os pulmões, passando antes pelo fígado, coração, depois para os pulmões, cresce, passa para a fase L4, sobe pelos brônquios até a faringe, na faringe, por reflexo, a larva é engolida, e quando o verme, já na fase L5, passa pelo estômago, chega ao intestino delgado, começa a crescer até atingir a fase adulta.
Quando estão adultos, os vermes acasalam e a fêmea coloca os ovos, (liberam cerca de 200.000 ovos por dia) esses ovos demoram 2 semanas para se tornarem embriões e, em aproximadamente 1 semana depois, se transformam em L3, a forma infectante, dando seguimentos ao ciclo biológico da Ascaris lumbricoides.

Os Ascaris lumbricoides absorvem nutrientes, principalmente Vitaminas A e C, por isso podem causar desnutrição.

Esses parasitos secretam substâncias que podem gerar uma ação tóxica. 
Durante as migrações das larvas, podem ocorrer diversos pontos de necroses nos órgãos.
Dependendo da infestação e da sequência de infestações, o fígado pode aumentar de tamanho, no pulmão pode romper os alvéolos, causando pontos hemorrágicos, por isso que a pessoa infectada pode tossir sangue, causando pneumonia.



Localização não habitual do parasito: Situações Ectópicas
  • Apêndice cecal - Apendicite aguda.
  • Canal colédoco - Obstrução do mesmo.


Diagnóstico: Laboratorial: 
  • Pesquisa de ovos nas fezes - Hoffman.
  • Exame por Raio X


A principal causa de morte por Ascaris lumbricoides, é por obstrução intestinal, o alimentos não passa no intestino delgado, sendo necessário fazer a remoção desses parasitos.


Os principais sintomas são: 
  • Dores abdominais
  • Diarréia
  • Febre
  • Tosse


É uma doença cosmopolita, ocorre em todo o mundo, sendo mais comum em crianças.


Tratamento:
  • Albendazol -   400 mg/dia, em dose única para adultos.                                                   10 mg/Kg, em dose única para crianças.

  • Mebendazol - Dose única de 500 mg ou 100 mg 2X ao dia, durante 3 dias                       consecutivos.
Não é recomendado seu uso em gestantes.


  • Levamisol
  • Pamoato de pirantel


Profilaxia

  • Tratamento quantitativo da população infectada.
  • Melhoria da higiene, tratamento de esgotos.
  • Evitar ao máximo a irrigação de verduras com água contaminada com fezes humanas.
  • Ingerir vegetais cozidos e não crus.


Parasitologia - Giardia lamblia

Giardia lamblia

É um protozoário

TROFOZOÍTO

Agente etiológico da giardíase humana

Habitam no intestino delgado do homem




É um parasito monoxênico, só há 1 hospedeiro e este é definitivo, a espécie humana.

Na primeira vez que adquire, o ser humano adoece, na segunda vez, o organismo adquire memória e produz anti corpos, então o ser humano não adoece mais.


Morfologia:
  • Trofozoíto
  • Cisto




CISTO



  • Cisto é a forma que o parasito produz para sair do intestino para o meio.
  • É A FORMA INFECTANTE DO PARASITO.
  • Contamina, pois resiste ao passar pelo estômago.
  • Via fecal-oral
  • Formato oval
  • Apresenta 4 núcleos
  • Apresenta flagelos
  • "Trofozoíto empacotado"
  • Ao chegar no estômago, a membrana se rompe e gera 2 trofozoítos
  • Ele se reproduz em forma de divisão binária



TROFOZOÍTO


  • É A FORMA ATIVA DO PARASITO.
  • Não contamina, não resiste quando passa pelo estômago.
  • Quando se reproduz, ocorre o encistamento, ou seja, produz membrana ao redor e produz núcleos, para sair ao meio ambiente.



Ciclo de vida

Ingestão do cisto presente na água e nos alimentos contaminados.


Ingestão de água ou alimentos contaminados com a estrutura morfológica "cisto" (de Giardia lambia).

Ingestão do cisto presente na água e nos alimentos contaminados.

cisto que há nas fezes, é ingeridoatravés da água e dos alimentos contaminados.

O cisto tem em sua membrana, uma barreira protetora que vai proteger o cisto da ação do suco gástrico no estômago.

Do estômago para o intestino ocorre o processo de desencistamento, por conta do meio ácido.

O desencistamento é iniciado no estômago, devido ao meio ácido e termina no duodeno, jejuno. O cisto desencista no final do estômago.

cisto vai para o intestino, sob forma de trofozoíto.

Os trofozoítos colonizam o intestino delgado, a quantidade de trofozoítos vai interferir na patologia que esse parasito traz para o ser humano.

Um pequeno número de trofozoítos vai acarretar em uma doença mais leve, com poucas dores. Já um intestino totalmente colonizado pelas formas trofozoítas que é a forma ativa acarreta uma doença mais severa.

Será eliminado nas fezes em forma de cisto.


Obs: 

O trofozoíto não aguenta a ação do suco gástrico, por isso que não há contaminação através da ingestão do trofozoíto.

A ação das enzimas destroem o trofozoíto.

O trofozoíto tem um disco succionador, que faz com que ele grude na parede do intestino.

O intestino delgado é o nosso principal órgão de absorção, ele é rico em microvilosidades, que são responsáveis pelo processo de absorção de nutrientes, de gordura, de medicação. As microvilosidades intestinais serão comprometidas pela ação do trofozoíto, eles irão se aderir totalmente às paredes do intestino.

O intestino ficará impossibilitado de absorver os nutrientes, causando a síndrome da má absorção, gerando diarréia com esteatorréia (bolhas de gorduras presente nas fezes).





TRANSMISSÃO

  • A transmissão se dá por contato oral fecal.
  • Ingestão de água ou alimentos contaminados com a estrutura morfológica "cisto" (de Giardia lambia).
  • Assento de banheiro.

O trofozoíto é menos resistente a ações do meio ambiente, em relação ao cisto.

O cisto consegue sobreviver 2 a 3 meses, dependendo das condições que o meio favorece a ele



EVOLUÇÃO DO PARASITO NO SER HUMANO


O parasito entra como cisto, se transforma em trofozoíto, ocorre o processo de divisão binária do trofozoíto.

Na região do ceco, quando está quase sendo liberado, os trofozoítos voltam a ser cisto.

2 trofozoítos se compactam e viram 1 cisto.


Ele é liberado sob forma cística, porque o cisto tem uma barreira protetora que impede a sua destruição pela ação do meio ambiente, facilitando a perpetuação da espécie.

O trofozoíto é destruído por qualquer ação do meio ambiente.

Os cistos serão liberados junto ao bolo fecal, finalizando o ciclo.

Se alguém tem contato com esse cisto, ingerindo-o na água ou nos alimentos contaminados, por contato oral-fecal, esse cisto alcançará o intestino delgado, ocorrendo o processo de desencistamento e multiplicação na forma de trofozoíto, depois alcança o reto, vai ser transformado em cisto novamente e serão liberados nas fezes.



Diagnóstico: Exame de fezes



Sintomas:
  1. Diarréia tipo aquosa, explosiva, fétida, acompanhada de gases com distenção e dores abdominais.
  2. Muco e sangue podem aparecer nas fezes.
  3. Perda de peso.



Profilaxia:
  • Higiene pessoal
  • Destino correto das fezes
  • Proteger os alimentos
  • Tratar a água de consumo
  • Lavar os alimentos


Tratamento:

  • Metronidazol - 15 a 20 mg/kg por 7 a 10 dias (crianças).                                            250 mg 2 x ao dia (adultos). 

  • Secnidazol - 2g dose única de 4 comprimidos (adultos).                                          Crianças < 5 anos 125 mg 2 x dia por 5 dias.





Observações:

INFECTA ATRAVÉS DA INGESTÃO DE CISTO.

ATIVA A DOENÇA ATRAVÉS DA AÇÃO DO TROFOZOÍTO.

O intestino delgado é onde absorvem-se as vitaminas.

Quando a Giardia lamblia cobre a mucosa do intestino, as vitaminas não conseguem ser absorvidas pelo intestino. As gorduras também não conseguem ser absorvidas, então elas ficam na luz intestinal e as fezes passam a ser líquidas, causando cólicas e diarréia.

A Giardia lamblia toca o intestino, ativando as células de defesa, ocorre inflamação no local e intensifica a dor. A população que não será eliminada, aumenta dentro do intestino.

A Giardia lamblia não causa febre (não causa infecção). Se algo causa febre, indica a presença de bactéria.

Quando a Giardia lamblia é eliminada, precisa repor a flora intestinal, com o uso de medicamentos.

1 Cisto origina 2 trofozoítos, ocorrendo a divisão binária.

A presença da Giardia lamblia só é diagnosticada com o exame de fezes.



Parasitologia - Entamoeba histolytica

Entamoeba histolytica

É um protozoário, é o agente etiológico da amebíase.



Se movimentam por pseudópodes.

É a 2ª maior causa de morte por parasitose.


Forma de transmissão: 
  • Ingestão de cistos



Ciclo da amebíase


Ingestão do cisto através de água e alimentos contaminados.
O cisto chega ao intestino delgado, na região final se diferencia para a forma patogênica chamada trofozoíto.

Quando a ameba estiver na parede do intestino grosso, ou ela ficará na superfície do epitélio intestinal (amebíase não invasiva) ou ela poderá invadir a região da submucosa e causar amebíase invasiva, causando disenteria, desconforto, diarréia.


O trofozoíto vai para o intestino grosso, onde é o local de atuação, coloniza e pode ser patogênico. 

Depois, alguns trofozoítos sofrem diferenciação para cisto novamente e será eliminado junto com as fezes.




Obs: 
O ciclo não patogênico desenvolve-se na luz do intestino grosso. 
O ciclo patogênico nos tecidos da parede intestinal, fígado e outros órgãos.




Representa duas formas: 

  • Cisto
  • Trofozoíto
Cisto da Entamoeba histolytica






TROFOZOÍTO E CISTO


Trofozoíto é a forma patogênica.

trofozoíto coloniza o intestino grosso e é responsável pela doença.


Pode atuar como: 

  • Comensal ou 
  • Invasivo 


Originando as formas: 

  • Intra intestinais (provocadas pelos cistos) e 
  • Extra intestinais (provocadas pelo trofozoíto).



Assintomática:

A amebíase pode ser assintomática - 80% a 90%. Infecção detectada pelo encontro de cisto nas fezes.


Forma branda (intestinal) - Cisto (Causa infecções no homem).

Forma grave (extra intestinal) - Trofozoíto.



Amebíase extra intestinal: A ameba invade a submucosa, cai na corrente sanguinea e se dissemina para outros órgãos, fígado (causa abscesso hepático), rins, pulmões, cérebro.




Sintomática:

Amebíase sintomática, apresenta: 
  • Dores abdominais 
  • Tenesmos (vontade de evacuar) 
  • Cólicas 
  • Flatulência 
  • Disenteria amebiana 
  • Fezes com muco e sangue, com 8 a 10 evacuações por dia.
Pode desenvolver:
  • Colite amebiana crônica 
  • Caracterizada por menos evacuações, 4 a 5 evacuações por dia 
  • Fezes diarréicas ou períodos de fezes firmes 
  • Dores abdominais 
  • Cólicas.

  • Diarréia
  • Colites não disentéricas
  • Manifesta-se por 2 a 4 evacuações diarréicas ou não.
  • As vezes com muco de sangue
  • Desconforto abdominal
  • Cólica

Obs: Colite - Inflamação no intestino grosso.

Exame de fezes
  • Pesquisa dos cistos.
  • Trofozoítos, no caso de Entamoeba histolytica invasiva.


Tratamento
  • Metronidazol
  • Secnidazol




Entamoeba coli X Entamoeba histolytica

(Diferença entre os cistos de Entamoeba coli e de Entamoeba histolytica)

Entamoeba coli
  • Apresenta mais de 4 núcleos, até 8 núcleos
  • Cariossoma e excêntrico

Entamoeba histolytica
  • Apresenta até 4 núcleos
  • Corpos cromatóides
  • Cariossoma central


Ciclo da Entamoeba coli:

A transmissão se dá pela ingestão de água e alimentos contaminados por fezes que contém os cistos.
Chegando no intestino delgado, o cisto irá sofrer uma diferenciação para metacisto, irá se dividir e se diferenciar em trofozoíto, que é a forma final, responsável pela disseminação ma corrente sanguínea, provocando a forma extra intestinal.

Esse trofozoíto pode se diferenciar na forma de cisto novamente, onde será eliminado pelas fezes contaminando o ambiente.


Entamoeba coli - apresenta 8 núcleos

Complicações: 
  • Granulomas amebianos na parede do intestino grosso
  • Abcesso hepático, pulmonar ou cerebral

Diagnóstico:
  • EPF (exame parasitológico de fezes)
  • Endoscopia
  • Proctoscopia


Parasitologia - Trichuris trichiura

Trichuris trichiura


  • Agente etiológico da Tricocefalíase.
  • Vivem entre 15 a 20 anos.
  • Parasitose cosmopolita.
  • Poluição ambiental como fezes humanas é o fator de risco para área endêmica.
  • Aquisição fecal-oral.



Morfologia: Forma de chicote (corpo afilado anteriormente e dilatado                                                                                             posteriormente)


Patogenia:
  • Ação traumática e infecciosa: Introdução do verme na mucosa intestinal causam lesões/ulcerações.
  • Ação hematófaga: Cada verme chega a ingerir 0,005 ml de sangue/dia.


Sintomatologia

  • Distensão abdominal
  • Dores
  • Diarréias crônicas
  • Cólicas intestinais
  • Náuseas
  • Vômitos

Infecções severas: Disenterias agudas com evacuações mucossanguinolentas.



Complicações:

Prolapso retal - Relaxamento do esfincter anal e a hipotonia muscular, causadas pela diarréia em infecções graves.


Diagnóstico:

Laboratorial - Parasitológico (Hoffman)
Diagnóstico por imagens


Tratamento:

Mebendazol - 100 mg - 3 dias/2x
Albendazol - 400 mg/dia - 3 dias


Profilaxia

  • Saneamento básico
  • Lavagem de frutas e vegetais crus com água clorada ou fervida
  • Lavar as mãos antes das refeições
  • Tratamento de indivíduos parasitados.

Parasitologia - Enterobius vermicularis

Enterobius vermicularis



É o agente etiológico da doença Enterobíase, também conhecida por Oxiuríase.



  • Enterobíase ou Oxiuríase 

Parasito cosmopolita

Helmintose mais comum na Europa e EUA.


O OVO É A FORMA INFECTANTE
O homem é o hospedeiro definitivo


As fêmeas são maiores que os machos, as fêmeas medem aprox de 8 a 13 mm e os machos medem de 2 a 5 mm.

O o ovo tem uma das faces achatada, forma de D.
Casca de duplo contorno transparente.

Machos e fêmeas vivem no ceco e apêndice.
As fêmeas repletas de ovos são encontradas na região perianal. Em mulheres, pode-se encontrá-los na vagina, útero e bexiga.

Após a reprodução, as fêmeas migram para a região anal, liberam os ovos. Provocam uma coceira espalhando ovos no meio ambiente, podendo haver ingestão desses ovos e a contaminação.


Transmissão

Transmissão direta ânus-boca: Ocorre por contaminação dos dedos (principalmente crianças). Após coceira na região anal, colocando a mão na boca.

Transmissão indireta: Através da contaminação de água e alimentos contaminados. Inalação de ovos na poeira, dormitório, colégio, roupa de cama, água, alimento, solo, etc.


Retroinfecção: Migração de larvas da região anal através do reto, sigmóide, cólons até o ceco - atingem o estágio adulto.


Sintomas:

Coceira na região anal (prurido anal), pode ocasionar lesões, causando inflamação na região anal.

O parasito dentro do intestino grosso, pode causar danos na parede intestinal e problemas relacionados com esse sistema: náuseas, vômitos, diarréia, cólicas e evacuações sanguinolentas.


Patogenia:

Intestino: Processo inflamatório com exsudato catarral.

Regiões Perianal e Perineal: Intenso prurido com irritação e lesão inflamatória.

Apêndice cecal: Pode invadi-lo, porém sem associação com a apendicite.

Vulva e vagina: Irritação local.


Quadro clínico:

Manifestações digestivas:
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Cólicas
  • Evacuações sanguinolentas

Diagnóstico:

  • Swab anal (emprego da fita durex)

Profilaxia:

  • Impedir a contaminação das mãos de crianças com ovos usando um macacão
  • Corte das unhas
  • Cuidados básicos de higiene
  • Tratar os circundantes do enfermo
  • Higiene pessoal
  • Não colocar a mão na boca
  • Sempre lavar as mãos após o uso do banheiro
  • Lavar frutas e verduras
  • Saneamento básico
  • Identificação e tratamento de doentes
  • Trocar e lavar as roupas de cama diariamente, as roupas íntimas e de cama devem ser lavadas separadamente das roupas de outros integrantes da família e em água quente.

Tratamento:

Uso de anti-helmínticos:
  • Mebendazol: 100 mg em dose única - eficácia de 90% a 100%.
  • Albendazol: 400 mg em dose única - eficácia de 100%
  • Pamoato de pirvínio: 10 mg em dose única - 80% a 100% de eficácia.

Controle de cura:

Realizar swab anal por 7 dias consecutivos, após o 8 dia de tratamento.